segunda-feira, 9 de maio de 2011

APAEB é destaque no Programa Ação da Globo


Há 30 anos, a Apaeb, Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira, do interior da Bahia, começou um projeto para melhorar a vida das famílias. Criou oportunidades de trabalho e renda com o principal produto agrícola da região: a fibra do sisal.
O Ação visitou a terra do sisal, planta que movimenta a economia de até 40 cidades do interior da Bahia. A associação de pequenos produtores mudou a cadeia produtiva e a vida de centenas de pessoas no semiárido baiano.
“Eu começo a fazer esse trabalho às 5hs e vou até as 16hs”, diz o agricultor Joamilton Souza de Oliveira.
“Há mais de 20 anos eu estou nesse trabalho”, diz o agricultor Reginaldo Santos.
A fazenda fica em Valente, cidade a 240 quilômetros de Salvador que é considerada a capital mundial do sisal.
“A Bahia é o maior produtor de sisal do Brasil. O estado produz 95% de toda a produção mundial”, esclarece Gerlando de Araujo Lima, gerente de projetos produtivos da Apaeb.
Há 30 anos, a fundação da Apaeb, Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira, foi a base de uma transformação social e econômica na região.
“A Apaeb começou a comprar direto do produtor. O produtor produzia, vendia na batedeira da Apaeb e a gente conseguia fazer cada vez mais um preço melhor”, diz Nelilton Ezequias de Oliveira, diretor-presidente da Apaeb.
A Apaeb também investiu na capacitação e melhorou a qualidade da fibra.
“Teve muito curso para os produtores. Eles visitam as propriedades e fazem as orientações aos produtores. Os que seguem, têm o acompanhamento e querem mudar a renda, eles fazem um produto de melhor qualidade e sempre vendem mais caro”, calcula o produtor rural José Lopes.
Mais de três mil famílias de Valente e de outros 15 municípios estão envolvidas de alguma forma com a associação. Mas os benefícios se estendem a toda a cadeia produtiva.
“Todos os outros compradores na Bahia inteira acabam pagando um preço muito próximo do que a Apaeb paga. Isso beneficia as mais de 600 mil pessoas que dependem do sisal para viver ainda na Bahia", explica Ismael Ferreira De Oliveira, diretor executivo da Apaeb.
Um dos desafios ainda é a substituição da máquina usada desde o século passado para separar a fibra do sisal. Ela é responsável pela maior parte dos acidentes e mutilações entre os trabalhadores. Já existe um novo equipamento, mais seguro. Mas os produtores resistem à mudança.
“Eu já recebi a máquina nova. Eu vou acostumar o cevador primeiro. Ela dá muito trabalho para ele se acostumar”, justifica Lopes.
"Até que eles se treinem, ela produz menos. Então, daí vem a reação. E é preciso que eles entendam aquela máquina como um projeto maior. Não é apenas desfibrar e ter uma quantidade maior de produto por semana, mas entender que ele corre menos risco, ele se dedica menos ao trabalho com menos esforço e ele não tem nenhuma possibilidade, por exemplo, de haver nenhuma mutilação num acidente", alerta Oliveira.
A fibra de sisal produzida nas pequenas propriedades é vendida na batedeira comunitária em Valente.
“Os associados se uniram e construíram isso em mutirões. Então, justamente isso que é comunitário. É da comunidade a batedeira. Não tem um proprietário individual”, explica Gerlândio Lima, gerente de projetos produtivos da Apaeb.
Mais de três décadas depois da criação, a Apaeb ainda ajuda a mudar vidas. O produtor Salviano Joaquim Noés trabalha há 40 anos com o sisal em Monte Santo, a 140 quilômetros de Valente. Mas só no final do ano passado ele começou a vender para a associação.
“A gente vendia para os atravessadores. O preço mais que dava era de R$ 0,70 a R$ 0,80 o quilo. Hoje, nós estamos vendendo o sisal para a Apaeb por R$ 1,10. Nós estamos conseguindo por mês um valor mais ou menos que já está dando para as pessoas se defenderem e ganharem mais um pouco”, calculou Joaquim Noés.
“Essa produção é passada em 90% para a fábrica. A gente produz fio de sisal, tapete de sisal e carpete de sisal”, conta Juciano Santos De Oliveira, gerente da fábrica de sisal.
Com a chegada da fábrica, há 15 anos, o valor da fibra dobrou. A fábrica começou a funcionar em 1996 e já teve mais de mil funcionários trabalhando em três turnos. Atualmente, emprega 220 pessoas.
“A gente sabia que produzia fibra de melhor qualidade, exportava melhor qualidade e tinha esse reconhecimento internacional, mas a gente não sabia o que é que fazia lá. Então, numa viagem da Apaeb de intercâmbio à Europa, a gente descobriu que era para fabricar carpete de sisal. E começou a alimentar o sonho de montar essa fábrica”, diz Nelilton Ezequias de Oliveira.
“Hoje, a gente pega o sisal, beneficia, faz o tapete e faz o fio. É agregar mais valor ao produto para que não possa só aumentar a renda da família, mas também gerar postos de trabalho na região”, explica Ismael Ferreira De Oliveira.
Assista a reportagem na íntegra no link abaixo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães


Porque para ser mãe, tem que ser forte, tem que ser natural e tem que ter fibra...

A APAEB deseja a todas um ótimo dia das mães!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

APAEB e SESI lançam Programa Atleta do Futuro em Valente

Discursando, Ismael Ferreira - Diretor Executivo da APAEB

Promover a responsabilidade social nas empresas industriais, estimulando o desenvolvimento social por meio da prática esportiva, este é um dos objetivos do Programa Atleta do Futuro – PAF, apresentado no dia 20 de abril no auditório da casa da cultura em Valente.

O evento contou com a participação de centenas de pessoas entre monitores do projeto, crianças e adolescentes de escolas publicas, diretores da APAEB, bem como o Superintendente do Serviço Social da Indústria no Estado da Bahia-SESI, Manoelito Souza, o Presidente do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia -Sindifibras e Diretor da Federação das Indústrias do Estado da Bahia-FIEB, Wilson Andrade, a Gestora da Área de Responsabilidade Social do SESI de Juazeiro, Luciana Mara Emilio dos Santos e outras autoridades.

Apresentação de capoeira, Karatê, dança e musica marcaram o lançamento  do PAF em Valente . 

PARCERIA

O Programa Atleta do Futuro será executado na região através de uma parceria entre a APAEB e o Serviço Social da Indústria- SESI e visa o atendimento de 1000 crianças e adolescentes na faixa etária dos 06 aos 17 anos residentes na sede do município de Valente e nas comunidades de Ichú, Valilândia, Tanquinho, Santa Rita e Junco.

Estudantes praticando Capoeira
O Projeto visa ainda o desenvolvimento pessoal e social de crianças e adolescentes por meio do esporte e lazer, oferecendo de acordo com cada fase de desenvolvimento, físico, mental e social, a iniciação esportiva e outros elementos da área social, com orientação eficiente  e segura de profissionais da área de esportes e lazer seja de educação física, pedagogia, ou outra licenciatura, assistidos por uma equipe multidisciplinar que atuam no SESI.  

As modalidades oferecidas pelo projeto são: Futebol, Capoeira, Futsal, Dança, Musica, Vôlei, Karatê, Handball, Basquete, e Natação.